Mas afinal, o que significa Sororidade?

Quem tem acompanhado o BBB 20, assistiu o momento em que a cantora Manu Gavassi, utilizou a palavra sororidade para justificar o seu voto em um dos participantes. Que reagiu com dúvidas sobre o significado desta palavra.

Mas pelo jeito não é só o participante que desconhece o significado desta palavra. Digo isto pois, após o ocorrido a busca pelo termo sororidade aumentou 150% na internet.

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O que é sororidade?

O que significa sororidade?

Sororidade significa….

Mas afinal, o que significa sororidade?

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Quando penso sobre sororidade, me vem a ideia de companheirismo ou até a expressão “brotheragem” usada pelos homens, porém envolvendo as mulheres. Mas seria injusto parar por aí, simplificar o conceito e pronto.

Quando falamos em sororidade, o prefixo vem de “sóror”, também em latim, que significa “irmãs”. Portanto, a tradução livre seria algo como a união entre irmãs.

Que tem tudo a ver com ressignificar a ideia de rivalidade entre as mulheres, promovendo um elo de irmandade.

Sororidade envolve um olhar mais coletivo, sem julgamento, considerando e apoiando diferentes realidades femininas. Seja a mulher negra, a que sofre preconceito diante dos padrões de estética…e assim por diante. Para que também haja representatividade. Em breve conversaremos sobre essa palavra também.

sororidade

É um movimento que envolve união, empatia e companheirismo para combater a desigualdade de gêneros.

É importante destacar que a sororidade está estritamente ligada ao movimento feminista, afinal, é através dela que se cultivam hábitos em prol da reivindicação de direitos femininos e a propagação de ideias ligadas a causa.

De qualquer maneira, a sororidade faz parte do dia a dia de todas as mulheres e, se ainda não faz parte da sua, confira abaixo boas explicações sobre o porquê é tão importante levantar essa bandeira e falar sobre o assunto.

Porque precisamos falar sobre sororidade?

– Para que se quebre o estereótipo de rivalidade entre mulheres criadas pela sociedade machista;

– Para que mulheres apoiem umas nas outras para crescer juntas, apesar da clara desigualdade de gêneros, que traz injustiça e menores oportunidades para elas;

– Para que possamos empoderar umas às outras, nos fortalecendo para entender o nosso papel na sociedade e lutar pelos direitos das mulheres;

– Para que, juntas, as mulheres sejam fortes o suficiente para desconstruir conceitos machistas e ultrapassados da sociedade patriarcal;

– Para que mulheres em situação de risco de vida e abuso físico e psicológico possam ter amparo em outras mulheres;

– Para que cada mulher que caia, tenha uma outra mulher para lhe estender a mão;

– Para que uma mulher com privilégios possa ser empática e ajude outras mulheres que vivem à margem da sociedade;

– Para que toda vez que tentem silenciar a voz de uma mulher, milhares de outras vozes se ergam e falem por ela;

– Para que as mulheres possam viver em harmonia entre elas, para que possam elogiar e compartilhar sua admiração umas pelas outras;

– Para que se crie uma comunidade que divulga, compartilha e apoia o trabalho de mulheres, criando espaço no mercado, na política e em outros territórios.

A lista de motivos pelos quais é imprescindível que as mulheres compartilhem o conceito de sororidade é praticamente interminável. Afinal, reverter e compensar a falta de privilégios ao gênero feminino é um trabalho de centenas de anos, mas, que não pode parar.

Neste momento a sociedade caminha para um estado de consciência sobre os problemas que enfrenta. Cada dia mais espaços de debate se abrem, mais comunidades se unem e mais conquistas as mulheres alcançam. Por esse motivo, esse é o melhor cenário para seguir em frente e continuar fazendo cada vez mais! Vamos gerar mais e mais visibilidade para que um dia ninguém mais precise ser conscientizado de coisas tão óbvias como a equidade de gêneros.

Enquanto isso, contamos com a sororidade para que juntas sejamos mais fortes!!!

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Fontes para desenvolvimento do conteúdo:

https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/cabelo/saiba-o-que-%C3%A9-sororidade-e-porqu%C3%AA-%C3%A9-t%C3%A3o-importante-falar-sobre-isso/ar-BBTvnwd

https://revistaquem.globo.com/TV-e-Novelas/BBB/noticia/2020/02/manu-gavassi-do-bbb-20-faz-busca-pelo-termo-sororidade-aumentar-150.html

Fonte Fotos:

Imagem reprodução – Universa – Uol e Pinterest

Empatia faz bem, mas é preciso administrar

Bons sentimentos não bastam, é importante aprender a lidar com as emoções que o sofrimento alheio nos causa, não só para evitar o próprio desconforto, mas também para ter alguma chance de ser útil aos outros.

Reconhecer quando um amigo ou colega está assustado, triste, irritado ou surpreso é uma espécie de chave fundamental para manter bons relacionamentos. Um novo estudo sugere, no entanto, que, se a habilidade para escutar os sentimentos alheios tomar proporções grandes demais, pode provocar uma dose extra de estresse – e, na prática, não ajudar quem está sofrendo nem aquele que se comove com a dor alheia.

Em estudo publicado na edição de setembro de 2016 da Emotion, as psicólogas Myriam Bechtoldt e Vanessa Schneider, da Escola de Frankfurt de Administração e Finanças, na Alemanha, entrevistaram 166 estudantes universitários do sexo masculino e fizeram a eles uma série de perguntas com o objetivo de medir a sua capacidade de lidar com as emoções. Na sequência, as pesquisadoras mostraram aos voluntários uma série de fotografias de rostos de várias pessoas e perguntaram até que ponto sentimentos como felicidade ou desgosto eram expressos em seu semblante. Num segundo momento, os estudantes participaram de um exercício no qual deveriam fazer negociações como se estivessem numa situação profissional, em frente de juízes exibindo expressões faciais severas. Os cientistas mediram concentrações do cortisol, hormônio associado ao estresse, presente na saliva dos alunos antes e depois da tarefa.

Nos voluntários avaliados como mais inteligentes emocionalmente, as medidas de estresse aumentaram mais durante o experimento e demoraram mais tempo para voltar ao nível inicial. Os resultados sugerem que algumas pessoas podem ser emocionalmente espertas, mas isso não se reverte, necessariamente, para o seu próprio bem, diz Hillary Anger Elfenbein, professora de comportamento organizacional na Universidade de Washington em St. Louis, que não participou do estudo. “O envolvimento emocional pode causar apenas preocupação se não for canalizado de forma saudável”, observa.

Essa e outras pesquisas desafiam a visão predominante de que a empatia é sempre benéfica para quem a sente. Um trabalho publicado em 2002 já sugeria que as pessoas emocionalmente perceptivas podem ser particularmente suscetíveis a sintomas de depressão, decorrentes da sensação de impotência por não conseguir ajudar os outros a sair de seu sofrimento.

“Não há dúvidas de que a empatia é uma qualidade extremamente útil, mas não basta; é fundamental aprender a lidar adequadamente com as emoções, tanto as nossas quanto as alheias”, diz Bechtoldt. Segundo ela, pessoas muito sensíveis podem se sentir identificadas demais ou inclinadas a assumir a responsabilidade pela tristeza ou raiva alheias. Por mais que uma situação nos mobilize, é importante ter em mente que cada um tem responsabilidade sobre a própria história, e às vezes, o melhor a fazer num momento delicado é estar perto, escutar e suportar que a pessoa sofra, sem tentar aplacar a dor por causa das nossas próprias fragilidades. “Pode parecer pouco, mas é transformador”, comenta a psicóloga.

Ela enfatiza que para ajudar alguém é fundamental não se misturar às suas mazelas. Especialistas acreditam que o autoconhecimento, alcançado por meio da psicoterapia, é uma forma bastante eficaz de mobilizar e desenvolver recursos psíquicos, capaz de fortalecer a capacidade de reconhecer as próprias limitações – e possibilidades.

Outros estudos mostram facetas ainda menos exploradas da capacidade de compreender o que as pessoas sentem. Um deles, publicado em 2013 na PLOS ONE, revela que essa habilidade pode ser usada para manipular outros e, assim, obter ganho pessoal. Mais pesquisas são necessárias para mostrar com maior clareza de que maneira se dá a relação entre inteligência emocional e estresse. Estão em andamento atualmente investigações similares em que são acompanhadas mulheres e grupos mistos com pessoas de diferentes idades e formação.

Fonte: Mente Cérebro Junho/2017

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