Metade dos jovens escolhe carreira sem conhecer profissão

 

Dado consta de pesquisa feita com 18.500 estudantes do 3º ano do ensino médio

Uma pesquisa realizada pela Universidade Anhembi Morumbi com 18.477 alunos do 3º ano do ensino médio na cidade de São Paulo revelou que 59% desses estudantes já escolheram a carreira que querem seguir – nas escolas públicas, o índice chega a 63%. Entre aqueles que já estão decididos, contudo, menos da metade (46%) revelou ter mantido algum contato com a profissão escolhida. O estudo aponta ainda que 27% de todos os estudantes têm dúvidas sobre o mercado de trabalho. “Percebemos que os estudantes se decidem pela carreira sem conhecer a fundo a área de interesse”, afirma Luciano Romano, coordenador do levantamento.

A influência exercida pelos pais na escolha da carreira pode ser percebida na predominância de carreiras tradicionais – medicina, direito, arquitetura e urbanismo, engenharia civil e administração são as mais escolhidas. Para Romano, a explicação é simples: “É comum que pais conheçam advogados ou administradores, por exemplo, e, assim, apresentarem essas carreiras aos filhos. Conversas sobre profissões como games e gerenciamento de e-commerce são, é claro, menos frequentes.”

Bruna Tokunaga Dias, gerente de orientação de carreira da agência de recrutamento Cia de Talentos, destaca que a atual geração leva muito em conta a opinião dos amigos na hora de tomar decisões, mas que a posição dos pais mantém peso muito grande nesse momento. Isso porque são eles que, em grande parte dos casos, vão pagar a mensalidade da faculdade. “Frequentemente nos deparamos com pessoas que já sabem o que querem, mas cujos pais não concordam com a decisão e, por isso, se negam a custear os estudos”, diz Bruna.

Além da opinião familiar, tradição e remuneração da profissão, os jovens são atraídos pelas carreiras que estão em alta. “Há algum tempo houve uma demanda alta por cursos de hotelaria e turismo, já que essas áreas estavam em evidência. Porém, quando aqueles alunos levados pela ‘moda’ estavam se formado, o mercado já esfriava”, conta Bruna. A especialista orienta os estudantes a conciliar aptidões e gostos no momento da decisão. “Influência familiar, modismo e mercado vão mudar. No fim das contas, será você sozinho trabalhando oito horas por dia na mesma área.”

A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro e abril de 2013. Foram ouvidos 10.162 mulheres e 8.315 homens – 66% estão na rede privada de ensino e 34%, na pública.

Fonte:

http://veja.abril.com.br/educacao/metade-dos-jovens-escolhe-carreira-sem-conhecer-profissao/

Créditos da Imagem:

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwjy8NDGwOLWAhXEIJAKHakmCo8QjhwIBQ&url=https%3A%2F%2Fpaulsampaio.com%2F2016%2F09%2F06%2Fentre-a-desistencia-e-a-resiliencia%2F&psig=AOvVaw205Z7DZX31wZP7D7FViT8s&ust=1507602750799938

Eu X O mundo – Escolha e gestão da carreira

Gerir a carreira está se tornando uma tarefa bastante complexa. O mundo ficou maior, pois temos informações na ponta dos dedos, acessando facilmente o mundo através na internet, o que nos coloca diante de oportunidades e ofertas que não se imaginava algum tempo atrás. O fato do universo ter ficado maior e com muito mais opções não torna a vida, quando se trata de escolha profissional, mais fácil. Afinal, diante de tantas alternativas, a sensação de não ter feito a escolha certa ou de ter que abrir mão de muitas outras possibilidades é realmente bem angustiante.

Por outro lado, a impossibilidade de conhecer melhor tantas carreiras e a falta de incentivos para que os jovens possam conhecer minimamente diversas profissões é grande, e não é raro que acabem por escolher aquelas que tenham maior visibilidade, principalmente através das mídias – impressa, televisiva e principalmente sociais. Muitas vezes o critério de escolha é baseado em fatores externos, na sua maioria em status e remuneração.

Minha preocupação continua, pois os aspectos que apresentei até o momento estão relacionados à percepção do mundo externo que nos cerca, porém o que pode dificultar ainda mais a escolha e a autogestão da carreira é falta de autoconhecimento. Pode parecer uma palavra autoelucidativa, mas se conhecer leva tempo. Há muito pouco espaço e incentivo no meio acadêmico para aprofundar essas questões, que muitas vezes é percebida como menos importante diante das ciências duras. Refletir sobre os próprios valores, o que motiva, agrada, desagrada, entusiasma, entristece; quais são as crenças… Enfim, se reconhecer minimamente facilita a identificação de atividades que tenham maior aderência com quem se é. De certa maneira, boa parte das escolhas que fazemos na vida estão baseadas nos valores e nas crenças que possuímos. Sem ter consciência delas, as escolhas tendem a ser bem frustrantes.

É verdade também que não é possível evitar as frustrações e que viver e experimentar faz parte do processo de aprendizado e amadurecimento pessoal e profissional, mas poderia ser mais incentivada a reflexão sobre as experiências vividas, principalmente pelos mentores desses jovens, sejam eles os pais, professores e até os gestores das empresas.

Por trabalhar com carreiras e ver no dia a dia a importância de um bom mentoring na vida profissional dos alunos, costumo dizer que a sala de aula é um ótimo local para discutir sobre desenvolvimento ou início de carreira.

Mas talvez você se pergunte como engajar o estudante neste assunto. Afinal, teoricamente, ele já optou por uma profissão porque está em um curso técnico ou universitário. É aí mesmo que está a resposta: neste começo de carreira surgem dúvidas, “medos”, desafios e muitas vezes os alunos necessitam de conselhos, exemplos ou até mesmo tirar dúvidas sobre possíveis cargos que têm vontade de exercer.

O professor pode então assumir o papel de estimulador em sala de aula sempre que possível, levando os estudantes a refletirem sobre o mundo que os cerca. É importante fazer links com o mercado de trabalho, expandir o horizonte, mostrar que eles podem ser um de vocês, professores. Além do ponto-chave: compartilhar experiências. Exemplos reais são aqueles em que os alunos podem se identificar e, quem sabe, usá-los como base durante sua jornada profissional, atrelada ao que está cursando ou não.

Afinal, como disse alguns parágrafos acima, o mundo é muito grande e o leque de oportunidades também. Basta os estudantes estarem prontos para encarar os desafios que terão pela frente, utilizando a ajuda que proporcionamos um dia.

Fonte:

https://www.ibm.com/developerworks/community/blogs/05f3523c-417c-426d-8251-9d9b1486a2da/entry/eu_x_o_mundo_%E2%80%93__escolha_e_gestao_da_carreira?lang=en

Créditos da imagem:

http://blog.convenia.com.br/gestao-carreira/

Enem no Divã: Estresse ou fadiga? Saiba reconhecer os sinais do seu corpo

Conheça mais sobre esses sintomas e veja como combatê-los antes das provas do Enem.

Estresse. Esta é uma sensação muito conhecida pelos jovens que estão prestes a encarar o Enem e demais vestibulares, mas será que o real conceito por trás do termo é aplicado corretamente pela maioria das pessoas?

Na maioria das vezes, o que é popularmente conhecido como estresse é, na verdade, fadiga. Trata-se da sensação de cansaço físico extremo, que pode ocorrer após longas sessões de estudo ou até mesmo de um dia cansativo. Embora não seja agradável, é algo normal no dia a dia exaustivo dos estudantes, que passam por longas sessões de estudo e simulados até mesmo aos finais de semana.

Mas então, o que seria o verdadeiro estresse? Para o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, professor do Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o estresse seria o conjunto de reações físicas causadas por estímulos do meio, os chamados estressores.

No caso dos estudantes, a pressão em relação ao vestibular – uma criação mental, não uma ameaça física – pode ser o estressor que libera todo o quadro de ansiedade e nervosismo. De acordo com o professor: “estresse é uma série de reações químicas no seu corpo, porque seu cérebro não sabe que isso (a pressão do vestibular) é só uma criação mental. É feita a leitura de que você está sendo atacado e, portanto, você reage àquilo. Essa carga química no corpo acaba sendo prejudicial”.

Ao contrário do que se imagina, os estressores não são apenas originados por momentos negativos. Conforme explica o psicólogo: “estressores são estímulos do ambiente que fazem com que você necessite se adaptar rapidamente a eles. Ao ganhar dinheiro na loteria você fica estressado, ao perdê-lo, também. O estresse acontece em uma situação boa ou má”.

O QUE O ESTRESSE CAUSA NO CORPO?

O estresse é um dispositivo natural que, ao ser aplicado nos momentos corretos, foi muito útil para a sobrevivência dos seres humanos na natureza. Preparando o corpo para uma situação de ataque, ele faz com que a pessoa esteja pronta para se defender. O problema é que, atualmente, as situações que o cérebro enxerga como crises não são uma ameaça física, como é o caso do vestibular. A consequência disso são respostas defensivas desproporcionais, que causam danos ao bom funcionamento do organismo.

Hormônios como a adrenalina, o cortisol e a insulina são liberados em grande quantidade. Entre seus efeitos imediatos, podemos destacar o coração acelerado, suor e a pele arrepiada, por exemplo. No entanto, os efeitos prolongados, ao quais muitas pessoas não dão atenção, são ainda mais perigosos, como:

Problemas do sono

Em geral, são causados por desequilíbrios dos hormônios da tireoide. A pessoa pode apresentar um cansaço muito grande mesmo após ter dormido por várias horas – o que também é uma das causas da confusão entre estresse e fadiga – ou insônia.

Doenças gastrointestinais

A dor de estômago é um sinal claro de estresse. Isso acontece porque o estômago acaba liberando ácido clorídrico (HCl) em um momento de nervoso. Se isso acontece frequentemente, gera doenças como gastrite e úlcera.

Hipertensão

O cortisol e a adrenalina aumentam o nível dos batimentos cardíacos, o que é uma das causas da pressão alta. A doença pode gerar problemas ainda mais graves, como infartos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC).

COMO TRATAR O ESTRESSE?

Embora não seja possível evitar que tais estímulos aconteçam, controlar seus efeitos e diminuir as consequências negativas para o corpo e para a mente é uma saída viável. Para o professor, a melhor maneira de evitar que o estresse atinja níveis críticos é aprender a se desligar dos problemas:

“Relaxar é importante. Se você tem uma capacidade de relaxamento, você consegue lidar com o estresse, porque ele deve ser enfrentado. Às vezes, criam-se estressores mentalmente, então é preciso aprender a relaxar, a focar naquilo que está fazendo. Existem técnicas de relaxamento que ajudam nisso. Se você aprende a relaxar, não se sente ameaçado. Ou, caso se sinta, aprende a controlar isso”, indica.

Fonte:

http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/09/30/1131829/enem-diva-estresse-fadiga-saiba-reconhecer-sinais-corpo.html#

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http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/09/30/1131829/enem-diva-estresse-fadiga-saiba-reconhecer-sinais-corpo.html#

 

Enem no Divã: cursinho ou intercâmbio após o ensino médio?

A série Enem no Divã destaca quando vale a pena fazer cursinho ou intercâmbio após o ensino médio. Veja ilustração exclusiva e recomendações dos especialistas

Qual é a melhor opção: fazer cursinho ou intercâmbio após o ensino médio? Os especialistas convidados da série ilustrativa Enem no Divã, da Universia Brasil, explicam o dilema e ajudam os jovens a fazer uma escolha consciente. Confira:

Maria da Conceição Coropos Uvaldo (psicóloga e coordenadora da orientação profissional da USP)

“O intercâmbio não faz com que a pessoa pesquise mais para chegar a uma decisão. Serve para amadurecer, descansar, mas não para ajudar na escolha profissional. Já o cursinho serve para você aprender mais, mas não é ele que possibilitará que você pense nessas coisas. No entanto, pode ser um tempo bom para você amadurecer e pensar mais na escolha profissional, fazendo mais pesquisas. Geralmente os cursinhos nem se preocupam com isso, porque querem que a pessoa entre na faculdade. Eles não estão lá para ajudar a escolher uma carreira. Você pode procurar orientadores profissionais, faculdades de psicologia da região, que possam ter atendimento gratuito ou dar referência de bons lugares para fazer o trabalho. A ideia é que você use o tempo para o autoconhecimento e para busca da carreira profissional. Não vai acontecer naturalmente, exige um trabalho de você correr atrás. Ninguém fará isso por você”.

Antonio Carlos Amador Pereira (psicólogo e professor da PUC-SP)

“O cursinho não foi criado para isso, mas sim para as pessoas suprirem lacunas do Ensino Médio e se prepararem para o Enem e vestibular. O intercâmbio é uma coisa interessante, mas varia de pessoa para pessoa. Eu não poria isso como uma solução possível. Às vezes, se você não está certo sobre o que quer fazer é melhor dar um tempo, fazer outra coisa. Pesquisar sobre as carreiras é uma boa ideia. Às vezes, o próprio jovem não se dá esse tempo, chega ao primeiro ou segundo ano do curso de graduação, fica em dúvida e muda”.

Está cheio de dúvidas? Entre em contato, vamos conversar!

Jennyfer Gonçalves

Fonte:

http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/09/17/1131353/enem-diva-cursinho-intercambio-apos-ensino-medio.html

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