Faculdade: Será que escolhi o curso errado?

Imagine o cenário: você se prepara muito para o vestibular, passa horas estudando, finalmente garante uma vaga no curso que sempre sonhou, mas algum tempo depois percebe que talvez esse não seja o caminho ideal. Essa é a realidade de milhares de estudantes que começam uma faculdade e, em algum ponto, descobrem que escolheram o curso errado.

Imagine o cenário: você se prepara muito para o vestibular, passa horas estudando, finalmente garante uma vaga no curso que sempre sonhou, mas algum tempo depois percebe que talvez esse não seja o caminho ideal. Essa é a realidade de milhares de estudantes que começam uma faculdade e, em algum ponto, descobrem que escolheram o curso errado.

Se consegue se imaginar nesse cenário, saiba que não está sozinho. De acordo com o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo (Semesp), 21% dos matriculados em faculdades particulares não concluem o curso — na Universidade de São Paulo (USP), o índice chega a 40%. A principal causa alegada é a decisão errada do curso escolhido.

Mas o que fazer quando a indecisão bate e você não sabe se é hora de trocar de curso ou não? Calma, não se desespere.

Confira abaixo algumas dicas para te auxiliar na sua escolha:

Analise suas dúvidas

Muitas razões, além das disciplinas, podem ter influenciado a sua impressão de que está no curso errado. Desde uma má experiência de algum profissional até a direção atual do mercado de trabalho. Porém, nada é estático, as experiências são particulares, e o mercado oscilará muito até sua formatura. Até lá, o cenário poderá ser favorável.

Avalie as questões a seguir:

Desinteresse

Se ir para a faculdade está se tornando um fardo, as disciplinas são desinteressantes e suas notas baixaram sensivelmente, fique atento!

Profissão do futuro

Caso não consiga se imaginar exercendo uma função no curso escolhido, pode ser porque a decisão foi tomada antes que você tenha tido contato com o mundo profissional e apenas idealizou uma área.

Quantos períodos já cursou?

Esse questionamento é bem importante. Lembre-se de que no início do curso, as aulas são de conteúdo geral, depois se voltarão para as áreas mais específicas, então talvez você ainda se apaixone pelo curso. O seu desânimo pode ser um alarme falso!

Pense mais a fundo sobre o curso

Aponte todos os pontos positivos e negativos do seu curso. Observe também se a escolha se deu por pressão familiar ou livre opção. Mais pontos negativos do que positivos são sinal de alerta.

Senso crítico

Se você é uma pessoa que exige muito de si mesmo, facilmente entrará em crise. Não decida nada em momentos críticos, pois geralmente a escolha feita nessas situações é equivocada.

Conheça profissionais da área

Converse com graduados na área que escolheu — eles conhecem a parte prática do seu curso, portanto, debatendo, você pode ter uma noção de como é o dia a dia dos profissionais do segmento.

Estágio

Se tiver um tempinho livre, faça um estágio voluntário. Assim poderá sentir na prática a rotina envolvida no seu mercado de trabalho. Seja bom observador, avalie tudo à sua volta e especialmente o que você faria diferente se estivesse na função.

E se você optar pela mudança de rumo?

A vontade de trocar o curso geralmente se dá porque o vestibulando não tinha informações suficientes sobre a área escolhida. A profissão pode ser muito mais ampla do que as disciplinas que estão cursando.

No entanto, se depois de avaliar cuidadosamente todas as questões, ainda pretende mudar de área, lembre-se de que não há idade certa para sua formação. Muitos iniciam cursos na meia-idade e nem por isso “perderam seu tempo”.

A vantagem é que estando vinculado à faculdade, você poderá migrar para outro curso na própria faculdade (transferência interna) ou para outra instituição (transferência externa), sem prestar novo vestibular. Além disso, a depender do caso, poderá validar diversas disciplinas já cursadas.

Em suma, não deixe que outras pessoas interfiram na sua decisão entre permanecer no curso ou mudar de área. Isso é muito pessoal, e as consequências dessa decisão serão apenas suas. Se ainda tiver dúvidas considere fazer um processo de orientação profissional.

Se precisar estou por aqui e podemos conversar sobre como funciona o processo de orientação profissional.

Fonte: https://blog.mackenzie.br/mercado-carreira/dicas-de-carreira/faculdade-sera-que-escolhi-o-curso-errado/

Profissões do futuro: cargos que vão emergir dos desafios na era digital

Estudo revela panorama de profissões que surgirão nos próximos anos no Brasil com a demanda por especialistas em tecnologia e em soluções sustentáveis.
Com os desafios da recuperação pós-pandemia, novas demandas profissionais e oportunidades de formação surgiram.
As maiores lacunas de profissionais que serão qualificados para essas demandas foram encontradas no setor de agricultura. Na indústria de transformação e serviços, há o maior gap em curto prazo por trabalhadores familiarizados com o universo digital.

Estudo revela panorama de profissões que surgirão nos próximos anos no Brasil com a demanda por especialistas em tecnologia e em soluções sustentáveis. 

Com os desafios da recuperação pós-pandemia, novas demandas profissionais e oportunidades de formação surgiram. Um estudo realizado pelo Senai, UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Agência Alemã de Cooperação Internacional revelou 53 profissões da era digital emergentes nos setores de software e T.I, indústria de transformação e serviços, agricultura e saúde,  

As maiores lacunas de profissionais que serão qualificados para essas demandas foram encontradas no setor de agricultura. Na indústria de transformação e serviços, há o maior gap em curto prazo por trabalhadores familiarizados com o universo digital. 

Aqui, as profissões por área e as funções mais relevantes para a recuperação do cenário pós-pandêmico, segundo o estudo.

Software e T.I

  • Gestor de mídias sociais
  • Engenheiro de software
  • Especialista em blockchain
  • Especialista em cloud
  • Programador/coder
  • Especialista em inteligência artificial
  • Programador de jogos digitais
  • Cientista de dados
  • Programador multimídia
  • Analista de cibersegurança
  • Engenheiro de banco de dados
  • Desenvolvedor de sistemas

Em tecnologia, destacam-se as funções de programador, cientista de dados e analista de cibersegurança. Essas áreas foram identificadas como as mais relevantes para a recuperação sustentável pela alta demanda e rápida inserção no mercado. São as mais importantes, também, pela necessidade de especialistas em diversos setores da economia. 

Indústria de transformação, serviços e produtos

  • Expert em digitalização industrial
  • Profissional de planejamento logístico
  • Engenheiro de exoesqueletos de propulsão
  • Operador digital
  • Gestor de economia circular
  • Profissional de eletromobilidade
  • Programador de unidades eletrônicas
  • Profissional de manufatura aditiva
  • Mecânico especialista em telemetria
  • Técnico em informática veicular
  • Técnico em eletromecânica
  • Especialista em serviços
  • Gestor de trendsinnovation
  • Condutores de processos robotizados

O profissional de manufatura aditiva, o expert em digitalização e o operador digital são os principais especialistas dentro do setor de transformação. As profissões são as que mais contribuirão para a inovação dos processos industriais com foco em sustentabilidade. 

Agricultura

  • Operador de drones
  • Agricultor urbano
  • Cientista de dados agrícola
  • Técnico em agricultura digital
  • Engenheiro agrônomo digital
  • Engenheiro de automação agrícola
  • Designer de máquinas agrícolas
  • Técnico em agronegócio digital

A modernização tecnológica do setor vai contar, principalmente, com técnicos em agricultura digital, técnicos em agronegócio digital e engenheiros agrônomos digitais. Juntas, essas profissões serão também as maiores responsáveis por atender diferentes escalas de produção do setor.

Saúde

  • Engenheiro hospitalar
  • Médico procedimentalista
  • Consultor analítico
  • Técnico em telemedicina
  • Gestor de leitos
  • Gerente de cuidados complexos
  • Gestor de qualidade de vida
  • Bioinformacionista
  • Engenheiro de dados da saúde
  • Conselheiro genético
  • Técnico de assistência médica digital
  • Cuidador digital
  • Geomicrobiologista
  • Consultor digital

Para democratizar o acesso à saúde e administrar demandas crescentes de trabalho com eficácia, os engenheiros hospitalares, técnicos em assistência médica digital e engenheiros de dados da saúde serão os mais requisitados. A gestão de dados em hospitais será outra área em alta. No panorama pós-pandêmico, essa especialidade será essencial para evitar rupturas dos sistemas de saúde.

Fonte: https://forbes.com.br/carreira/2022/04/saiba-quais-profissoes-vao-emergir-com-os-desafios-da-era-digital/

Metade dos jovens escolhe carreira sem conhecer profissão

 

Dado consta de pesquisa feita com 18.500 estudantes do 3º ano do ensino médio

Uma pesquisa realizada pela Universidade Anhembi Morumbi com 18.477 alunos do 3º ano do ensino médio na cidade de São Paulo revelou que 59% desses estudantes já escolheram a carreira que querem seguir – nas escolas públicas, o índice chega a 63%. Entre aqueles que já estão decididos, contudo, menos da metade (46%) revelou ter mantido algum contato com a profissão escolhida. O estudo aponta ainda que 27% de todos os estudantes têm dúvidas sobre o mercado de trabalho. “Percebemos que os estudantes se decidem pela carreira sem conhecer a fundo a área de interesse”, afirma Luciano Romano, coordenador do levantamento.

A influência exercida pelos pais na escolha da carreira pode ser percebida na predominância de carreiras tradicionais – medicina, direito, arquitetura e urbanismo, engenharia civil e administração são as mais escolhidas. Para Romano, a explicação é simples: “É comum que pais conheçam advogados ou administradores, por exemplo, e, assim, apresentarem essas carreiras aos filhos. Conversas sobre profissões como games e gerenciamento de e-commerce são, é claro, menos frequentes.”

Bruna Tokunaga Dias, gerente de orientação de carreira da agência de recrutamento Cia de Talentos, destaca que a atual geração leva muito em conta a opinião dos amigos na hora de tomar decisões, mas que a posição dos pais mantém peso muito grande nesse momento. Isso porque são eles que, em grande parte dos casos, vão pagar a mensalidade da faculdade. “Frequentemente nos deparamos com pessoas que já sabem o que querem, mas cujos pais não concordam com a decisão e, por isso, se negam a custear os estudos”, diz Bruna.

Além da opinião familiar, tradição e remuneração da profissão, os jovens são atraídos pelas carreiras que estão em alta. “Há algum tempo houve uma demanda alta por cursos de hotelaria e turismo, já que essas áreas estavam em evidência. Porém, quando aqueles alunos levados pela ‘moda’ estavam se formado, o mercado já esfriava”, conta Bruna. A especialista orienta os estudantes a conciliar aptidões e gostos no momento da decisão. “Influência familiar, modismo e mercado vão mudar. No fim das contas, será você sozinho trabalhando oito horas por dia na mesma área.”

A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro e abril de 2013. Foram ouvidos 10.162 mulheres e 8.315 homens – 66% estão na rede privada de ensino e 34%, na pública.

Fonte:

http://veja.abril.com.br/educacao/metade-dos-jovens-escolhe-carreira-sem-conhecer-profissao/

Créditos da Imagem:

https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwjy8NDGwOLWAhXEIJAKHakmCo8QjhwIBQ&url=https%3A%2F%2Fpaulsampaio.com%2F2016%2F09%2F06%2Fentre-a-desistencia-e-a-resiliencia%2F&psig=AOvVaw205Z7DZX31wZP7D7FViT8s&ust=1507602750799938

Será que escolhi errado?

“Escolhi um curso superior e não estou gostando de nada. Será que escolhi errado? Devo mudar de curso”?

Essa é a pergunta comum a muitos jovens que me procuram. Portanto, resolvi escrever esse artigo para, de alguma forma, tranquilizar aqueles que estão em vias de realizar suas escolhas ou ainda têm dúvidas a respeito.

Escolher um curso superior, entre tantos existentes hoje em dia não é tarefa muito fácil, mas é imprescindível quando se quer e pode continuar os estudos

E como fazer se o curso já foi escolhido e, chegando lá, você percebe que não era nada daquilo que você esperava?

Em primeiro lugar, não fique desesperado. Segundo dados das próprias universidades e de diversos profissionais da área de orientação profissional, cerca de 30% dos jovens desistem de um curso universitário no primeiro ou segundo ano, portanto você não está sozinho!

Desistir de um curso depois de iniciado é mais comum do que parece. Tomada a decisão, vale a pena investigar as causas. Por que o curso não agradou?

As disciplinas não o agradavam? Quais eram elas? Algumas vezes as disciplinas até são interessantes, mas o que não agrada é a perspectiva de atuação futura. Isso também vale a pena ser investigado. São vários os motivos que podem levar à desistência de uma carreira.

Entretanto, seja qual for o seu motivo, é muito importante lembrar que a escolha é PESSOAL, ou seja, ninguém pode fazê-la por você. Por vezes, num momento de dúvida, pais, amigos e parentes podem opinar e dar sugestões. Mas não esqueça: a escolha final é sua e de mais ninguém.

Grande parte dos desistentes aponta, como uma das razões por ter escolhido determinado curso, a tentativa de agradar aos pais.

Ter o apoio dos pais é importante, mas escolher uma carreira é projetar um futuro. É o primeiro grande passo da vida adulta e quem vai vivenciar essa escolha é você e não seus pais.

Muitas vezes, ao tentar agradar aos outros, desagradamos a nós mesmos e sofremos as consequências disso por muito tempo.

Portanto, se você tem interesse em algo que seus pais não acreditam ser interessante, argumente sua escolha, muna-se de informações, dados e discuta essa escolha abertamente, sem medo.

Lembre-se: escolhas implicam em perdas, mas são portas que abrimos para novos caminhos em nosso futuro.

 

Fonte:

http://www.mundovestibular.com.br/articles/1425/1/Sera-que-escolhi-errado/Paacutegina1.html

Créditos da imagem:

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/imaturidade-leva-a-escolha-errada-dicc6w3ju31ywu30b4mseceoe

Eu X O mundo – Escolha e gestão da carreira

Gerir a carreira está se tornando uma tarefa bastante complexa. O mundo ficou maior, pois temos informações na ponta dos dedos, acessando facilmente o mundo através na internet, o que nos coloca diante de oportunidades e ofertas que não se imaginava algum tempo atrás. O fato do universo ter ficado maior e com muito mais opções não torna a vida, quando se trata de escolha profissional, mais fácil. Afinal, diante de tantas alternativas, a sensação de não ter feito a escolha certa ou de ter que abrir mão de muitas outras possibilidades é realmente bem angustiante.

Por outro lado, a impossibilidade de conhecer melhor tantas carreiras e a falta de incentivos para que os jovens possam conhecer minimamente diversas profissões é grande, e não é raro que acabem por escolher aquelas que tenham maior visibilidade, principalmente através das mídias – impressa, televisiva e principalmente sociais. Muitas vezes o critério de escolha é baseado em fatores externos, na sua maioria em status e remuneração.

Minha preocupação continua, pois os aspectos que apresentei até o momento estão relacionados à percepção do mundo externo que nos cerca, porém o que pode dificultar ainda mais a escolha e a autogestão da carreira é falta de autoconhecimento. Pode parecer uma palavra autoelucidativa, mas se conhecer leva tempo. Há muito pouco espaço e incentivo no meio acadêmico para aprofundar essas questões, que muitas vezes é percebida como menos importante diante das ciências duras. Refletir sobre os próprios valores, o que motiva, agrada, desagrada, entusiasma, entristece; quais são as crenças… Enfim, se reconhecer minimamente facilita a identificação de atividades que tenham maior aderência com quem se é. De certa maneira, boa parte das escolhas que fazemos na vida estão baseadas nos valores e nas crenças que possuímos. Sem ter consciência delas, as escolhas tendem a ser bem frustrantes.

É verdade também que não é possível evitar as frustrações e que viver e experimentar faz parte do processo de aprendizado e amadurecimento pessoal e profissional, mas poderia ser mais incentivada a reflexão sobre as experiências vividas, principalmente pelos mentores desses jovens, sejam eles os pais, professores e até os gestores das empresas.

Por trabalhar com carreiras e ver no dia a dia a importância de um bom mentoring na vida profissional dos alunos, costumo dizer que a sala de aula é um ótimo local para discutir sobre desenvolvimento ou início de carreira.

Mas talvez você se pergunte como engajar o estudante neste assunto. Afinal, teoricamente, ele já optou por uma profissão porque está em um curso técnico ou universitário. É aí mesmo que está a resposta: neste começo de carreira surgem dúvidas, “medos”, desafios e muitas vezes os alunos necessitam de conselhos, exemplos ou até mesmo tirar dúvidas sobre possíveis cargos que têm vontade de exercer.

O professor pode então assumir o papel de estimulador em sala de aula sempre que possível, levando os estudantes a refletirem sobre o mundo que os cerca. É importante fazer links com o mercado de trabalho, expandir o horizonte, mostrar que eles podem ser um de vocês, professores. Além do ponto-chave: compartilhar experiências. Exemplos reais são aqueles em que os alunos podem se identificar e, quem sabe, usá-los como base durante sua jornada profissional, atrelada ao que está cursando ou não.

Afinal, como disse alguns parágrafos acima, o mundo é muito grande e o leque de oportunidades também. Basta os estudantes estarem prontos para encarar os desafios que terão pela frente, utilizando a ajuda que proporcionamos um dia.

Fonte:

https://www.ibm.com/developerworks/community/blogs/05f3523c-417c-426d-8251-9d9b1486a2da/entry/eu_x_o_mundo_%E2%80%93__escolha_e_gestao_da_carreira?lang=en

Créditos da imagem:

http://blog.convenia.com.br/gestao-carreira/

Pais levam faixa com frase inusitada à formatura da filha

Maysa Ferreira, de Palmas (TO), publicou a foto da faixa em seu Facebook e se surpreendeu com a repercussão.

A jovem Maysa Ferreira, de Palmas (TO), se graduou em jornalismo e sua colação de grau ocorreu no último sábado 19, onde contou com o carinho de amigos, familiares e… uma ‘homenagem’ bastante divertida dos pais, que levaram uma faixa com os dizeres “não era o que nós queríamos, mas formou”.

Ela publicou a foto da faixa em seu Facebook e se surpreendeu com a repercussão. Ao E+ (Estadão), Maysa contou que já esperava uma faixa bem-humorada dos pais, mas não sabia qual seria a frase.

“Eu soube desde o ano passado, quando eles levaram a faixa ‘não fez mais que sua obrigação’ para minha irmã que se formou em nutrição. Eles me avisaram na época que eu teria faixa também”, disse.

Mas ela conta que a brincadeira tem um “fundinho de verdade”, já que os pais queriam que ela tivesse cursado direito.

“Disseram que o curso não tinha nada a ver comigo, que eu tenho o perfil da área jurídica. Mas eu sei que eles me apoiam e hoje reconhecem a profissão que escolhi, se orgulham sim da filha jornalista”, contou Maysa, que cursou jornalismo na Universidade Federal do Tocantins.

Formada, Maysa conta que está orgulhosa da escolha e que não se imagina fazendo outra coisa.

“O sonho é jornalismo de moda, quero fazer uma especialização na área. Mas, enquanto isso, quero ir trabalhando no jornalismo, em redação ou assessoria, na oportunidade que surgir”, comenta.

É comum a interferência dos pais em muitas escolhas profissionais. Mas nem sempre a escolha dos nossos pais é o que queremos seguir.  Mas você sabia que é possível fazer esta escolha de maneira mais tranquila e autônoma?

Meu nome é Jennyfer Gonçalves, e auxilio pessoas no processo de escolha profissional.

Fonte:

http://exame.abril.com.br/carreira/pais-levam-faixa-com-frase-inusitada-a-formatura-da-filha/

Créditos da imagem:

http://exame.abril.com.br/carreira/pais-levam-faixa-com-frase-inusitada-a-formatura-da-filha/

 

 

Importância da escolha profissional e o impacto gerado na sociedade.

O artigo em estudo propõe analisar o impacto provocado na sociedade diante da escolha profissional, baseando-se em pesquisas com alunos e professores universitários. Com base nos relatos dos entrevistados a responsabilidade do impacto na sociedade diante da escolha profissional está na forma que é tomada essa decisão, podendo ser positivo, negativo ou simplesmente não obter abalo relevante.

Todos os anos, realizam-se os concursos e vestibulares por todo o país. Para muitos estudantes este é o momento de escolher a carreira que será exercida durante a vida ou até determinado momento. Diante de pesquisas foi notado grande numero de jovens que recebem influência direta dos pais, amigos ou escolhem o que está mais próximo ou que aparentemente lhe trará maior retorno financeiro e não por vocação própria na escolha de uma profissão. Há um alto numero de acadêmicos universitários que cursam a segunda opção, que por vezes não tem nada haver com a vocação do mesmo, muitos concluem mesmo não tendo se identificado com aquela profissão.

Contudo estão ali na esperança de se identificar com aquela área, ou esperando oportunidade de fazer o curso desejado. A escolha profissional tem haver com o sentindo de satisfação, fazer aquilo que tem prazer na construção de uma carreira, infelizmente grandes partes das escolhas se respaldam na estabilidade financeira, contudo uma carreira baseada na estabilidade não significa que trará satisfação.  O impactado na sociedade diante da importância da escolha profissional pode ter abalo negativo, positivo ou simplesmente nenhum.

DESENVOLVIMENTO

A escolha profissional é somente o inicio, vários caminhos podem surgir durante a faculdade e o mercado de trabalho exige muitas vezes adaptações na carreira, neste caso, as pós-graduações e especializações podem entrar como uma mudança no rumo da carreira. É preciso deixar claro que um bom profissional não é aquele que tem as melhores notas na vida acadêmica. Mas aquele que consegue impactar a sociedade a quem presta serviço de forma positiva. Hoje, a importância da escolha profissional deve ter em mente que ao sair da faculdade vai encontrar muitos obstáculos a sua volta, não só a dificuldade de emprego como também a decepção da profissão escolhida não ser a dos sonhos. A escolha profissional pode acarretar impactos na sociedade trazendo tanto desconforto, insatisfação, frustração além de uma sociedade desorganizada e cheia de conflitos ou contrario disso.

Segundo Dias e Soares (2007), a escolha profissional faz parte de um projeto, profissional que implica pensar o futuro, construir um cenário de realizações de interesses e desejos e que deve se estabelecer a partir do autoconhecimento.

A dimensão da importância da escolha profissional deve tá relacionado com a perspectiva de continuidade da carreira. Porém muitos escolhem suas carreiras não pensando que elas serão firmadas após o período acadêmico. Muitos fatores indicam possibilidade de risco ao se pensar sobre o futuro profissional. Em pesquisa realizada 99,8% dos entrevistados disseram que o impactado que a escolha profissional vai acarretar na sociedade é do individuo tomador de decisão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha correta da profissão pode ser mais simples do que se imagina. O primeiro passo é conhecer qual é o seu perfil comportamental, é importante saber quais são suas identificações. É fato que com trabalho árduo e muita dedicação todos podem ser bem sucedidos, mas todos possuem identificações distintas que podem ajudar na escolha da carreira.

Se questionar se é comunicativo, se tem o perfil de liderança, se possui facilidade de relacionamento e, principalmente, se sabe ouvir. Os testes vocacionais não fazem milagres. Os resultados podem ser apenas indicação de um norte, mas ainda assim são inúmeras as opções de cursos. Um grande equívoco é acreditar que cursar uma faculdade, por sim só, vai garantir emprego e assegurar o sucesso profissional.

A universidade pode abrir portas na carreira, mas vale lembrar que para os especialistas, o sucesso em uma profissão depende parte de conhecimento e parte de atitude. O mais importante na escolha é ter afinidade com a escolha profissional.

Por isso é de suma importância que, ao escolher uma profissão o estudante avalie antes de fazer um vestibular a sua escolha para que no futuro não venha se arrepender e, não tendo com voltar atrás, execute a sua profissão de forma errônea criando assim impacto negativo em uma sociedade com falta de profissionais de excelência.

Vamos refletir sobre as suas identificações?

Jennyfer Gonçalves

Fonte:

http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/importancia-da-escolha-profissional-e-o-impacto-gerado-na-sociedade/105051/

Créditos da imagem:

http://www.monicadonettoguedes.com.br/educacao/quando-escolhas-acontecem.html

 

O seu trabalho faz sentido pra você?

O que vem à sua mente quando ouve alguém dizer que boa parte da nossa felicidade e do nosso sentimento de realização pessoal advém da nossa dedicação a um trabalho significativo?

Passei a maior parte desta vida considerando que um trabalho significativo seria algo como salvar vidas em uma missão na África, trabalhar no Médico Sem Fronteiras, ser um missionário religioso, ser bombeiro, um educador influente, um artista engajado ou um empreendedor social, por exemplo.

No entanto, a contragosto, na luta pelo próprio sustento, prestei um concurso aos vinte anos de idade, fui chamado para ocupar a vaga dois anos depois, e por exatos trinta e um anos trabalhei em uma das maiores instituições financeiras do Brasil.

Metade deste período eu passei brigando contra a ideia de permanecer bancário.

Eu vinha de família simples, muito amorosa e colaborativa, de pessoas que se apoiavam mutuamente que se visitavam uns aos outros, que se abraçavam frequentemente, que demonstravam sua alma italiana nas frequentes expressões de afeto e de congraçamento, valorizando os relacionamentos. Aos quinze anos entrei para um grupo de jovens idealistas, onde pude juntar algumas de minhas paixões: o estudo filosófico, as atividades de promoção social, a amizade desinteressada e a arte, principalmente a música e o teatro. E assim eu achei que poderia mudar o mundo: amor, arte, filosofia, religião, ação social.

Portanto, entrar em um banco, trabalhar com números, índices, indicadores financeiros, gráficos, títulos de capitalização, aplicações financeiras, duplicatas, cobranças, juros, vendas e mais vendas, num ambiente fechado e com pouco espaço para o exercício da criatividade, me parecia uma espécie de reducionismo no universo dos meus sonhos de juventude.

Somente com a maturidade eu fui compreendendo que a Vida tem de fato caminhos diversos para nos ensinar o que precisamos aprender.

Revendo esta minha trajetória, com o devido distanciamento e com a clareza que se reflete também em vários fios de cabelo branco, percebe fases distintas nesta busca pelo sentido em meu trabalho.

Inicialmente, como acontece com muitos de nós, a recompensa financeira compensou a falta de sintonia com a natureza das atividades que eu exercia. Eu agora podia ajudar meus pais e minhas irmãs, o que me dava uma satisfação interna muito grande.

Passada esta fase, chegou a minha vez de me estabelecer, montar casa, casar, ter filhos e, novamente, o lado financeiro foi o contraponto à falta de encantamento com o que eu fazia.

Ainda assim, eu não me conformava (a psicologia positiva nos explica que a recompensa financeira tem seus limites em nosso índice de bem-estar subjetivo). A todo o momento pensava que precisava perseguir e conquistar um trabalho que fosse de fato significativo para mim. Poucos sabem, mas cheguei a formalizar meu pedido de demissão por três vezes. Mas em todas elas tive gestores sensíveis que me orientaram a pensar mais um pouco e acabei ficando.

Foi na terceira tentativa que eu cheguei ao ponto da virada. Eu já tinha quase quinze anos de banco e então me dei conta de que, com três filhos e vários compromissos, não tinha mais direito a atitudes impensadas. Resolvi que faria aquilo dar certo e me propus a mudar minha forma de ver as coisas. E foi aí que elas começaram a mudar.

E por que estou contando tudo isso?

Porque hoje, em minhas palestras e treinamentos, quando eu falo da importância do trabalho significativo, do sentido da vida, de nos dedicarmos a uma causa que faça sentido para nós, eu tomo o cuidado de deixar claro que, embora seja uma ideia fascinante e realmente muito legal, nem sempre haverá condições de transformarmos nossas paixões em nossa profissão, mas sempre teremos a liberdade última, como diria Viktor Frankl, de dar uma resposta pessoal à realidade que enfrentamos, buscando encontrar e imprimir sentido ao que fazemos, aplicando para isso nossas forças de caráter, nossas virtudes, nossos talentos e tudo aquilo que representa nossa singularidade.

Lembrei-me deste relato pessoal ao ler um texto da escritora, pesquisadora e professora Brené Brow, que diz assim em seu livro A Arte da Imperfeição: “Não há nada que diga que você deve largar seu trabalho principal para cultivar um trabalho significativo. Também não há nada que diga que seu trabalho principal não seja significativo, talvez você apenas nunca tenha pensado nele desta forma” (grifos meus).

Se você pode ter o trabalho dos seus sonhos, ótimo! Mas se hoje a sua ocupação principal não é o que você sonhou, eu sugiro o seguinte, por experiência própria e com base em meus estudos:

– Analisem serena e objetivamente quais as suas possibilidades. Uma boa dose de meditação conversa com especialistas e pessoas mais experientes, o apoio de um orientador profissional ou coach – tudo isso pode ajudar a estudar alternativas reais e planejadas para ir à direção do seu objetivo, ainda que você tenha que manter seu trabalho atual por um tempo, como forma de “financiar” seu projeto.

– Se houver chances de mudança para algo mais coerente com o que você considera significativo, aja nesta direção. Transformar ideias em ação ajuda a avaliar se aquele sonho é concretizável e se você realmente quer o que pensa desejar.

– Se não houver como mudar a situação externa, siga a recomendação de Viktor Frankl e mude a sua forma de lidar com ela. Foi o que eu fiz. E ainda hoje me admiro quando relembro e constato que esta simples mudança de disposição mental disparou vários gatilhos que tornaram as coisas bem mais agradáveis para mim.

 

– Em ambas a possibilidade cultive sonhos paralelos em projetos pessoais mais aderentes ao que você considera um trabalho significativo, seja atuando no seio de sua própria família, seja em sua comunidade, seja em seu grupo religioso, seja em trabalhos voluntários, etc.

Mas não desista!

Como pessoas, nós ainda estamos aprendendo a arte do autoconhecimento e estamos longe de conhecer profundamente nossos talentos. Poucos conseguem de fato cultivar intencionalmente suas potencialidades e compartilhá-las de maneira plena com o mundo – o que lhes proporcionaria um considerável upgrade em seu nível de bem-estar subjetivo.

Sabemos pouco sobre nossas próprias virtudes e forças de caráter, por exemplo, mas já existem até mesmo estudos científicos sobre o assunto.

Por outro lado, nossa sociedade ainda não está pronta para reconhecer a importância de outros modelos de trabalho e de realização humana, ainda muito presa a um sistema que somente replica modelos que servem a um sistema que explora o ser humano apenas como um “recurso”, um meio para obter resultados e produzir riqueza, nem sempre de forma ética, nem sempre de modo sustentável.

E se você quer saber o fim daquela história real, eu parei de reclamar tanto e, paralelamente às atribuições inerentes ao meu cargo, para além de minhas obrigações, passei a proferir palestras e organizar pequenos treinamentos para os meus colegas de trabalho, contando com o apoio da minha gestora de então, a Célia – a quem serei eternamente grato.

Concomitantemente, motivado por esta nova perspectiva, comecei a dar treinamentos em outras empresas da minha região. Lá, como no banco, utilizei meus conhecimentos de trabalho com equipes, fotografia, teatro e música nas ações educacionais, que ampliaram minha rede de contatos na empresa, o que acabou, por diversos caminhos, me ajudando a me tornar também um gestor.

E como gestor aprendeu que, não importa se é um grupo de teatro, o time de um banco, uma banda de música ou uma equipe da bolsa de valores – no final, trata-se sempre de lidar com gente. E para mim foi gratificante encontrar sentido em contribuir para o desenvolvimento destas pessoas, acolhê-las em sua multifacetada dimensão humana e construir junto delas um ambiente agradável de trabalho, buscando resultados sustentáveis, ao mesmo tempo em que eu aprendia e também me desenvolvia com elas.

Hoje posso me dar ao luxo de me dedicar apenas a projetos que eu considero significativos, mas foi preciso saber lidar com a realidade que eu não havia sonhado para poder transformar o que eu havia sonhado em realidade.

Faz sentido pra você? Vamos conversar!

Jennyfer Gonçalves

 Fonte:

http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/o-seu-trabalho-faz-sentido-pra-voce/105712/ Por César Augusto Tulio Tucci

Créditos da imagem:

https://vripmaster.com/pt/6982-find-good-reasons-to-quit-your-job.html

 

A influência da família na escolha profissional do adolescente

De todas as etapas do desenvolvimento humano, a adolescência é o momento que acarreta mudanças mais significativas. Neste período o jovem sofre transformações em diversas áreas de sua vida. Ocorrem mudanças corporais, mudanças no relacionamento com a família, mudanças nos desejos, no pensamento e consequentemente na compreensão deste sobre o mundo que o cerca. A adolescência é um turbilhão de sensações e sentimentos, que na maioria das vezes são conflitantes e antagônicos: é o querer ser adulto por um lado, mas continuar a ser criança por outro.

É neste momento complexo que o adolescente necessita decidir-se por uma profissão, ou seja, escolher entre diversas possibilidades profissionais num mundo em constante mutação. Para ser capaz de realizar esta escolha, o jovem deve voltar-se para si mesmo (autoconhecimento) e ao mesmo tempo informa-se sobre o mercado de trabalho e o mundo das profissões.

No processo de orientação vocacional a etapa do autoconhecimento permite ao jovem refletir sobre suas características pessoais, suas competências e seus interesses, assim como, o auxilia a projetar-se no futuro e imaginar o tipo de vida que ele deseja construir. A orientação vocacional gestáltica acredita que a articulação entre escolha profissional e projeto de vida é fundamental, e que uma boa escolha profissional é aquela que leva em conta o estilo de vida que a pessoa almeja para si.

É nesta articulação entre decisão profissional e estilo de vida, que os modelos familiares estão presentes, auxiliando ou mesmo dificultando a escolha do adolescente. A influência destes modelos se dá não somente pelas expectativas ditas e não ditas dos pais para o futuro dos filhos, mas por todo contexto familiar no qual ele encontra-se inserido. Tornar-se por isso importante, o conhecimento das opções profissionais dos membros desta família (bisavós, avós, pais, tios…), assim como, os valores transmitidos por esta, com relação a trabalho, ideais e objetivos de vida.

As estórias familiares contribuem, mesmo que indiretamente, para a construção da visão de mundo do jovem e consequentemente influenciam na sua identidade profissional. Muitas vezes os adolescentes optam por tipos de vida e profissões que parecem contraditórios aos desejos dos pais e ao modelo do núcleo familiar (pais e filhos). Mas um olhar mais atento para a estória desta família revela que a escolha do filho reflete, na realidade, um modelo familiar que se repete em algumas gerações.

Neste momento decisivo é importante que os jovens se conscientizem destas influências de forma a decidir sobre quais modelos, valores e padrões, ele deseja perpetuar e quais ele gostaria de diferenciar-se. A compreensão destas influências possibilita ao jovem realizar uma escolha profissional consciente e singular, diferenciando-se das expectativas parentais, sem contudo negar ou alienar-se dos determinantes familiares, sociais e culturais no qual ele encontra-se inserido.

Está passando por uma situação parecida? Aguardo o seu contato, o processo de orientação profissional contribui muito para o entendimento desta questão.

Fonte:

https://www.algosobre.com.br/carreira/a-influencia-da-familia-na-escolha-profissional-do-adolescente.html por Ingrid Canedo

Créditos da foto:

http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2015/07/30/1129145/enem-diva-influencia-pais-escolha-carreira.html

Ida de Neymar para o PSG foi uma boa decisão de carreira?

Entenda os diversos aspectos da mudança de Neymar do Barcelona para o Paris Saint-Germain — e como o caso pode inspirar a sua trajetória profissional

Um lance incrível protagonizado por Neymar se tornou um dos assuntos mais quentes do momento. Desta vez, porém, a jogada aconteceu fora dos gramados: numa transferência recorde de 222 milhões de euros, o craque abandonou o prestigiado Barcelona, clube que defendia desde 2013, para ingressar no Paris Saint-Germain (PSG).

A polêmica decisão — que transformou o brasileiro no atleta mais caro da história do futebol — virou o tema mais comentado mundialmente no Twitter na última quarta-feira (2), superando com folga no Brasil a repercussão da decisão da Câmara dos Deputados que barrou a denúncia contra Michel Temer por corrupção, que ficou em 9º lugar nos trending topics da rede social.

Até que ponto essa foi uma boa decisão de carreira, afinal? Veja a seguir a análise de dois especialistas sobre os diversos aspectos da movimentação do craque — e como o caso pode inspirar a trajetória de profissionais de qualquer área, inclusive você:

Oportunidade de crescimento

Para Yuri Trafane, sócio-diretor da empresa de treinamentos corporativos Ynner, a escolha profissional do jogador é “legítima e acertada”, porque ele está saindo da sua zona de conforto: nessa nova fase, ele precisará enfrentar novas expectativas e recomeçar seu trabalho do zero.

“Por que ele sairia de um time vencedor, em que já ganha muito dinheiro e é idolatrado pela torcida? A única explicação é que ele vê isso como uma oportunidade de crescer como jogador, porque lá ele poderá realmente fazer a diferença”, afirma o especialista. “No Barcelona, ele era mais uma estrela entre outras, como Messi, mas no PSG ele será o grande talento”.

Vale lembrar que o Paris Saint-Germain luta há anos por um título, ao contrário do multipremiado time catalão. Para Trafane, o talento do jogador pode trazer um grande impacto no clube francês, elevando seu desempenho em campeonatos e incrementando seu status no imaginário da torcida.

Uma situação equivalente no universo corporativo seria a de um diretor de uma grande multinacional que decide deixar tudo para trás para ser CEO de uma startup. A depender dos seus objetivos de carreira, a decisão pode ser muito estimulante — sobretudo se você gosta de riscos e desafios.

Salário

“Claro que ele vai ganhar mais no novo clube, mas não acho que vai só pelo dinheiro”, opina Trafane.

Segundo ele, há dois tipos de motivação para mudar de emprego: as materiais, tais como salário, benefícios e local de trabalho, e as não-materiais, que incluem alinhamento com os valores da empresa, bem-estar no ambiente de trabalho e reconhecimento simbólico do trabalho.

Idealmente, a decisão deve ser inspirada por fatores desses dois tipos: é legítimo ser estimulado pela contrapartida financeira, mas também é necessário levar em consideração outros fatores menos palpáveis, que tragam satisfação a longo prazo.

Para Arnaes, é impossível saber exatamente o que se passou na cabeça de Neymar para aceitar a oferta do Paris Saint-German. De qualquer forma, diz ele, uma mudança motivada exclusivamente por fatores financeiros dificilmente vale a pena.

“Já vi muitos casos de profissionais que mudaram de emprego só por causa de um salário maior e acabaram frustrados”, conta o gerente da Robert Half. “Pode até dar certo, mas normalmente uma remuneração mais alta não traz felicidade quando o profissional não acredita no projeto da nova empresa ou discorda dos seus valores”.

Status

Na visão de Trafane, um profissional tão rico como Neymar dificilmente trocaria de time apenas pela remuneração. “Pessoas com altíssima renda, como ele, não se movem mais por ganhos marginais de dinheiro, porque todas as suas necessidades e desejos já estão satisfeitos”, explica.

Possivelmente, o espalhafatoso aceno financeiro do Paris Saint-Germain atrai o jovem craque em um plano mais simbólico. “Ele certamente se sente muito especial por ser o atleta mais caro da história do esporte”, explica.

Comprado em 2011 por um magnata do Catar, o time francês desembolsou o equivalente a 819 milhões de reais para ter o craque em seu elenco. “A ambição do Paris Saint-Germain me atraiu para o clube, junto com a paixão e energia que isso trouxe”, disse o jogador em comunicado à imprensa quando sua transferência foi oficializada.

Longe de ser necessariamente ruim, o ego também pode influenciar decisões no mundo da carreira empresarial — ao se abraçar um cargo mais importante ou ingressar numa empresa mais famosa, por exemplo.

Aos mais vaidosos, porém, Trafane deixa um alerta: a busca por status não pode ser o único motivo para trocar de empregador. Para não resultar em decepção, ela precisa vir acompanhada de um interesse legítimo pelo novo projeto.

Tempo de casa

Antes de ir para o Barcelona, Neymar passou quatro anos no Santos, entre 2009 e 2013. Ao trocar o time catalão pelo Paris-Saint Germain em 2017, ele encerra outro ciclo com a mesma duração: quatro anos. Será que, como outros representantes da geração Y, o jovem atacante não seria apressado demais para mudar de empregador?

O mercado do esporte tem suas próprias regras, mas no mundo executivo os ciclos realmente se encurtaram. No passado, um profissional estufava o peito ao revelar que já havia completado 20 ou 30 anos de casa; hoje, uma longa permanência em uma única companhia pode ser interpretada como comodismo e até falta de ambição.

De acordo com Trafane, vale a pena permanecer num emprego não tanto de olho no tempo cronológico, mas sim no “tempo útil” da sua passagem. O mais importante é cumprir um ciclo e deixar algum tipo de legado. Isso pode demorar algum tempo, mas o vínculo não precisa ser para a vida toda.

Para ele, a história de Neymar no Barcelona “foi infinita enquanto durou” — e assim deve ser, idealmente, a passagem de qualquer profissional por uma empresa.

“Ele cumpriu um ciclo, trouxe excelentes resultados, ajudou a construir um grande time”, explica. “Aceitar uma outra proposta só não é legítimo quando um profissional não deixou nada de bom para o ex-empregador, o que certamente não foi o caso dele”.

Fonte:

Ida de Neymar para o PSG foi uma boa decisão de carreira?

Créditos da imagem:

Neymar no Paris Saint-Germain (Christian Hartmann/Reuters)