Estamos todos meio perdidos?

Estamos todos meio perdidos?

Não sei se você sente a mesma coisa, mas eu sinto que estamos todos meio perdidos.

Talvez você ache que é coisa minha ou da minha geração. Pode ser que você esteja totalmente bem resolvido com a sua carreira e nem pense em sair do lugar.

Mas olha, ainda que você já tenha se encontrado, pense e me responda: você tem algum amigo ou colega de profissão que esteja repensando à carreira atualmente?

Alguém que queira apertar o botão do PAUSE para pensar melhor o que quer fazer da vida?

Alguém que não para de se perguntar: É por aqui mesmo ou devo mudar a direção? Sigo o fluxo ou me arrisco a mudar? Fico quietinho aqui ou tiro aquele projeto do papel? Sonho alto ou largo pra lá?

São perguntas como essas que não saem da cabeça de muita gente.

E dá pra entender. São tantas possibilidades e caminhos que a gente fica meio perdido mesmo…

Veja o empreendedorismo digital, por exemplo. Chegou com força, trazendo mil oportunidades. Acabou com aquela história de alto investimento para fazer um negócio começar. Reduziu os custos com a operação, simplificou muita coisa.

Eu estou seguindo por esse caminho, ainda buscando me encontrar.

E tem muita gente no mesmo barco, tentando achar um trabalho que traga mais realização, sentido, significado. Ou simplesmente, algo mais flexível do que os modelos tradicionais de trabalho.

Esses dias mesmo estava conversando com um colega que formou comigo na Graduação. Fizemos Comunicação Integrada.

Conversa vai, conversa vem, ele deixa a enrolação de lado e vai direto ao ponto. Faz a pergunta que a gente fica doido pra fazer quando reencontra alguém da época da faculdade. Aquela: “E aí, tá fazendo o que?”.

Respondi que havia saído do meu emprego e, no momento, estava trabalhando por conta própria. Já ele havia saído da empresa onde ingressou como estagiário, teve rápida ascensão e atualmente coordenava uma equipe.

Pera, um minuto para processar a informação: Ele saiu da XXXX??????? (Não vou citar o nome, mas é apenas a gigante da mineração. rsrs)

Sim, era isso. E fui logo tratando de saber o que havia acontecido. Deve ter sido demitido, é claro… A crise chegou lá também…

Mas nada disso. Ele pediu demissão para abrir um negócio na internet. Uma lojinha virtual de bolos artesanais.

Não caí dura no chão porque nos últimos meses havia escutado MUITAS histórias parecidas. Sabia que ele não era o único.

Ainda assim, fiquei surpresa e soltei: “Mas nossa… saiu assim, na cara e na coragem?”.

E aí ele contou que queria abrir o negócio há muito tempo, mas morria de medo de arriscar. Sair da empresa era um plano antigo também, mas faltava coragem. “Não que aquele emprego fosse uma porcaria, só não era mais suficiente. Eu quis ir em busca do meu verdadeiro sonho”, explicou.

E não foi antes porque não podia também. Muita coisa envolvida, principalmente grana. Vida adulta, né?

Mas aí eu questionei: o que mudou agora? Você se planejou para sair e tá cheio da grana?

Aí veio a melhor parte: ele havia se planejado financeiramente sim, mas não foi isso que o fez tomar coragem para pedir demissão. O que fez a diferença mesmo foi à vontade de mudar, que foi crescendo, crescendo, crescendo, até chegar num ponto em que ele precisou parar e pensar: “E agora, o que vou fazer a respeito?”.

E eu sei do que ele tá falando. Quando chega neste ponto, você sabe que chegou a hora de mudar as coisas. E aí muda ou não…

“Mas gente, fulano era tão bom de texto… agora vai parar de escrever?” – pensei.

E aí tá a graça. Junto com a loja virtual de bolos artesanais ele criou um blog de conteúdo para confeiteiros. Ou seja, tá vendendo bolo e tá escrevendo texto. Palavras, escrita, fermento, recheio; tudo num negócio só.

E o bom é que agora ele define a pauta e aprova o texto. É o seu próprio chefe e tá feliz da vida. Seu hobby antigo virou trabalho.

E eu fui embora feliz e inspirada com mais essa história. Confesso, porém, que no fundinho da minha alma achei ele corajoso até demais. Na verdade, meio doido de se arriscar assim. As coisas não andam lá muito fáceis.

Mas o fato é que ele não se apegou a isso e deu o primeiro passo para a mudança acontecer. Se tudo der errado, o Linkedin continua lá com todos os contatos do mundo corporativo.

Então tem mais é que bancar a decisão e vender bolo. Pra quem “vendia” minério, tá mais gostoso agora, né?

E eu já me antecipei e fiz minha encomenda para o Natal. Diz que o negócio tá bom-ban-do!

Fonte:

http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/estamos-todos-meio-perdidos/107187/

Créditos da imagem:

https://pt.linkedin.com/pulse/me-sinto-perdido-profissionalmente-lenir-nunes

 

A importância da orientação profissional/vocacional

Dados de uma publicação de 2004 apontaram diversas razões pelas quais as pessoas podem se frustrar em sua primeira escolha e acabam buscando…

A Orientação Profissional auxilia as pessoas no momento da escolha ou redefinição da profissão. Ela não serve apenas aos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Serve também para adultos que não estão satisfeitos com a profissão e pretendem investir numa nova carreira ou, mesmo satisfeitos, querem progredir na carreira. Existem reorientações até mesmo na aposentadoria.

Isso se torna importante já que dados do Censo de Educação Superior/2011 revelam que houve 3.632.373 de matrículas, 1.243.670 de ingresso e 522.928 de concluintes no ensino superior no referido ano. Isso confirma que o número de matrículas e ingresso é muito superior ao número de concluintes. Entre as diversas variáveis que poderiam explicar essa diferença, estão pessoas que desistiram do curso por insatisfação com a escolha que fizeram.

Mas, outro percentual que se soma a esses que desistiram antes de concluir o ensino superior, se refere àqueles que já concluíram, mas não pretendem exercer a profissão. E mais, aqueles que irão exercer ou já exercem a profissão e desistem por insatisfação com o exercício profissional, ou outros motivos.

Nesse sentido, a reorientação profissional se faz importante. Dados de uma publicação de 2004 apontaram diversas razões pelas quais as pessoas podem se frustrar em sua primeira escolha e acabam buscando novas tentativas através da Orientação Profissional, tais como:

• Insatisfação em relação à escolha profissional realizada;

• Insegurança diante de uma nova escolha;

• Certeza quanto à necessidade de auxílio;

• Necessidade de aumentar o conhecimento de si mesmo através da orientação, como forma de fundamentar uma análise mais acurada da situação atual e tomada de decisão mais segura;

• Necessidade de informação sobre outras possibilidades profissionais, como uma complementação importante ao processo prioritário de autoconhecimento;

• Maior necessidade de conhecer a realidade prática da profissão, como um importante fator que auxiliaria na avaliação entre permanecer ou abandonar o curso e fazer nova escolha;

• Não apresentar as habilidades requeridas para o exercício da profissão;

• Não ter conhecimento sobre o processo de inserção no mercado de trabalho;

• Reprovação em disciplinas como a principal razão para o abandono do curso, dificultando também o processo de re-escolha (Moura e Menezes, 2004).

Além de outros aspectos envolvidos na insatisfação tanto acadêmica quanto no exercício da profissão. É comum o relato de clientes sobre os tais motivos da insatisfação, por exemplo: “monotonia”, “rotina de trabalho desgastante”, “falta de interação”, “histórico de decepção profissional na família”, “profissão supérflua”, “retorno financeiro”, “relacionamento entre colegas de trabalho”, “desgaste físico”, “falta de rotina”, entre outras. Ou seja, estas falas especificamente, revelam alguns indícios de desconhecimento da profissão (informação profissional) e de características pessoais (personalidade) requeridas, por exemplo, quando um se queixa da rotina e outro da falta dela. Mas, vale ressaltar que reorientação profissional não se justifica apenas quando se está insatisfeito, ela serve a outros propósitos, como a progressão na carreira, por exemplo.

A Orientação Profissional serve não apenas para se ter um norte sobre o campo profissional a seguir, mas também como uma oportunidade de autoconhecimento, de alinhamento entre habilidades/características pessoais e profissão, do sentido/significado do trabalho para o ser humano, da relação trabalho e projeto de vida.

Decidir pela Orientação Profissional já é meio caminho andado, mas ela por si só não garante sucesso. Já dizia a poeta Cora Coralina (1889-1985): “A Verdadeira coragem é ir atrás de seus sonhos mesmo quando todos dizem que ele é impossível”.

Fonte: Portal Educação/Flávio Hastenreiter

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