Será que escolhi errado?

“Escolhi um curso superior e não estou gostando de nada. Será que escolhi errado? Devo mudar de curso”?

Essa é a pergunta comum a muitos jovens que me procuram. Portanto, resolvi escrever esse artigo para, de alguma forma, tranquilizar aqueles que estão em vias de realizar suas escolhas ou ainda têm dúvidas a respeito.

Escolher um curso superior, entre tantos existentes hoje em dia não é tarefa muito fácil, mas é imprescindível quando se quer e pode continuar os estudos

E como fazer se o curso já foi escolhido e, chegando lá, você percebe que não era nada daquilo que você esperava?

Em primeiro lugar, não fique desesperado. Segundo dados das próprias universidades e de diversos profissionais da área de orientação profissional, cerca de 30% dos jovens desistem de um curso universitário no primeiro ou segundo ano, portanto você não está sozinho!

Desistir de um curso depois de iniciado é mais comum do que parece. Tomada a decisão, vale a pena investigar as causas. Por que o curso não agradou?

As disciplinas não o agradavam? Quais eram elas? Algumas vezes as disciplinas até são interessantes, mas o que não agrada é a perspectiva de atuação futura. Isso também vale a pena ser investigado. São vários os motivos que podem levar à desistência de uma carreira.

Entretanto, seja qual for o seu motivo, é muito importante lembrar que a escolha é PESSOAL, ou seja, ninguém pode fazê-la por você. Por vezes, num momento de dúvida, pais, amigos e parentes podem opinar e dar sugestões. Mas não esqueça: a escolha final é sua e de mais ninguém.

Grande parte dos desistentes aponta, como uma das razões por ter escolhido determinado curso, a tentativa de agradar aos pais.

Ter o apoio dos pais é importante, mas escolher uma carreira é projetar um futuro. É o primeiro grande passo da vida adulta e quem vai vivenciar essa escolha é você e não seus pais.

Muitas vezes, ao tentar agradar aos outros, desagradamos a nós mesmos e sofremos as consequências disso por muito tempo.

Portanto, se você tem interesse em algo que seus pais não acreditam ser interessante, argumente sua escolha, muna-se de informações, dados e discuta essa escolha abertamente, sem medo.

Lembre-se: escolhas implicam em perdas, mas são portas que abrimos para novos caminhos em nosso futuro.

 

Fonte:

http://www.mundovestibular.com.br/articles/1425/1/Sera-que-escolhi-errado/Paacutegina1.html

Créditos da imagem:

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/imaturidade-leva-a-escolha-errada-dicc6w3ju31ywu30b4mseceoe

Desistência em universidades, mostra a difícil tarefa de escolher uma carreira

Especialistas alertam que poucos contam com a possibilidade de não gostar do curso escolhido e de ter de abandonar no meio do caminho um sonho muitas vezes cultivado por anos.

Especialistas alertam que poucos contam com a possibilidade de não gostar do curso escolhido e de ter de abandonar no meio do caminho um sonho muitas vezes cultivado por anos.

O geógrafo Bernardo Silva Araújo (foto), de 27 anos, passou por toda a expectativa que os alunos à espera das notas do Enem enfrentam hoje: a da conquista de uma vaga na maior universidade pública do estado. Na época, em 2006, a UFMG ainda tinha vestibular e ele optou, não muito confiante, pelo curso de administração. O problema começou já na escolha: “Foi mais ou menos fruto de uma indecisão. No ensino médio, gostava tanto de humanas quanto de exatas, daí optei por uma área interdisciplinar”. Não deu certo. Aprovado e matriculado, no fim do primeiro período as dúvidas ficaram evidentes. Bernardo não se imaginava um administrador de empresas, de terno, gravata, pasta, em escritórios. O ambiente também não o agradava. “Em um curso não importam simplesmente as matérias, mas o ambiente, os colegas, as pessoas que estão naquela área”, explicou.

Os sinais de que a administração não era seu destino continuaram no segundo semestre do curso. Todas as manhãs, Bernardo acordava de mau humor. Seguia para a faculdade como se carregasse um peso maior do que suportava. “Quando começou a ficar muito difícil ir às aulas, não me sentia muito motivado a aprender tudo aquilo, vi que estava errado e que era hora de mudar”, lembra. Foi quando o jovem parou para refletir sobre o que queria para o futuro. “Naquele momento, eu tinha noção do que era uma universidade e estava mais maduro para refletir”, disse. Perguntou a pessoas, conheceu disciplinas, pesquisou o mercado de trabalho e voltou à estaca zero para fazer vestibular de geografia. Trancou a matrícula no terceiro período de administração em 2007 e já no início de 2008 começava vida nova na mesma universidade. Hoje, trabalha na área de cartografia e faz mestrado.

DEPENDÊNCIA Segundo a psicóloga clínica Alessia Maria Leone do Amaral, que trabalha com orientação profissional, a maior parte dos clientes atendidos são pessoas que já estão na faculdade, insatisfeitas e que pedem ajuda para encontrar um caminho. Ela aponta a imaturidade como o principal motivo para a desistência. “As pessoas hoje saem cada vez mais tarde da casa dos pais e ficam dependentes até mesmo dessa escolha, que é muito influenciada por familiares”, afirmou. Ela indica que o aluno procure ajuda logo que começar a sentir desconforto com o ambiente, disciplinas e colegas. “Quanto mais se prolonga esse sofrimento, mais tempo se perde. Não há um período ideal para sair, mas é bom buscar uma alternativa logo que sentir que aquilo não está adequado”, disse.

Alessia aconselha ainda que o estudante busque um profissional da área que está cursando, fique um dia com ele ou faça uma entrevista para entender como é o seu dia a dia, para ver se a realidade do mercado de trabalho se encaixa no que o futuro profissional pretende. Ela alerta que insistir na situação de sofrimento pode levar a uma insatisfação capaz de evoluir para depressão.

Fonte: Patricia Giudice

Está passando pela mesma situação? Muitas dúvidas, medos? 

Vamos conversar?! Entre em contato para conversarmos sobre o processo de orientação profissional.

Te espero – Jennyfer Gonçalves

 

 

A importância da orientação profissional/vocacional

Dados de uma publicação de 2004 apontaram diversas razões pelas quais as pessoas podem se frustrar em sua primeira escolha e acabam buscando…

A Orientação Profissional auxilia as pessoas no momento da escolha ou redefinição da profissão. Ela não serve apenas aos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Serve também para adultos que não estão satisfeitos com a profissão e pretendem investir numa nova carreira ou, mesmo satisfeitos, querem progredir na carreira. Existem reorientações até mesmo na aposentadoria.

Isso se torna importante já que dados do Censo de Educação Superior/2011 revelam que houve 3.632.373 de matrículas, 1.243.670 de ingresso e 522.928 de concluintes no ensino superior no referido ano. Isso confirma que o número de matrículas e ingresso é muito superior ao número de concluintes. Entre as diversas variáveis que poderiam explicar essa diferença, estão pessoas que desistiram do curso por insatisfação com a escolha que fizeram.

Mas, outro percentual que se soma a esses que desistiram antes de concluir o ensino superior, se refere àqueles que já concluíram, mas não pretendem exercer a profissão. E mais, aqueles que irão exercer ou já exercem a profissão e desistem por insatisfação com o exercício profissional, ou outros motivos.

Nesse sentido, a reorientação profissional se faz importante. Dados de uma publicação de 2004 apontaram diversas razões pelas quais as pessoas podem se frustrar em sua primeira escolha e acabam buscando novas tentativas através da Orientação Profissional, tais como:

• Insatisfação em relação à escolha profissional realizada;

• Insegurança diante de uma nova escolha;

• Certeza quanto à necessidade de auxílio;

• Necessidade de aumentar o conhecimento de si mesmo através da orientação, como forma de fundamentar uma análise mais acurada da situação atual e tomada de decisão mais segura;

• Necessidade de informação sobre outras possibilidades profissionais, como uma complementação importante ao processo prioritário de autoconhecimento;

• Maior necessidade de conhecer a realidade prática da profissão, como um importante fator que auxiliaria na avaliação entre permanecer ou abandonar o curso e fazer nova escolha;

• Não apresentar as habilidades requeridas para o exercício da profissão;

• Não ter conhecimento sobre o processo de inserção no mercado de trabalho;

• Reprovação em disciplinas como a principal razão para o abandono do curso, dificultando também o processo de re-escolha (Moura e Menezes, 2004).

Além de outros aspectos envolvidos na insatisfação tanto acadêmica quanto no exercício da profissão. É comum o relato de clientes sobre os tais motivos da insatisfação, por exemplo: “monotonia”, “rotina de trabalho desgastante”, “falta de interação”, “histórico de decepção profissional na família”, “profissão supérflua”, “retorno financeiro”, “relacionamento entre colegas de trabalho”, “desgaste físico”, “falta de rotina”, entre outras. Ou seja, estas falas especificamente, revelam alguns indícios de desconhecimento da profissão (informação profissional) e de características pessoais (personalidade) requeridas, por exemplo, quando um se queixa da rotina e outro da falta dela. Mas, vale ressaltar que reorientação profissional não se justifica apenas quando se está insatisfeito, ela serve a outros propósitos, como a progressão na carreira, por exemplo.

A Orientação Profissional serve não apenas para se ter um norte sobre o campo profissional a seguir, mas também como uma oportunidade de autoconhecimento, de alinhamento entre habilidades/características pessoais e profissão, do sentido/significado do trabalho para o ser humano, da relação trabalho e projeto de vida.

Decidir pela Orientação Profissional já é meio caminho andado, mas ela por si só não garante sucesso. Já dizia a poeta Cora Coralina (1889-1985): “A Verdadeira coragem é ir atrás de seus sonhos mesmo quando todos dizem que ele é impossível”.

Fonte: Portal Educação/Flávio Hastenreiter

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